
Com esse grande público atendido na unidade, a equipe percebeu o crescimento de atendimento de pacientes estrangeiros e também, que eles tinham dificuldade em entender os fluxos e procedimento que estavam realizando. Por esse motivo, a coordenação do laboratório adaptou o projeto de acolhida humanizada para esse público.
De acordo com o coordenador do laboratório, o farmacêutico-bioquímico, Rafael Brito, o atendimento realizado no laboratório é voltado ao atendimento humanizado, mas que com esse público precisaria ter um algo a mais para completar o objetivo de atendimento completamente inclusivo e humanizado.
“No decorrer desse período que trabalhamos com pacientes externos ambulatoriais, percebemos um público de pacientes que falavam inglês, africano e espanhol. Então percebemos que havia uma certa dificuldade de repassar as informações por questões de entendimento da língua e, verificando essa deficiência, nós trabalhamos para que tivéssemos profissionais que falassem esses idiomas, para que pudéssemos atendê-los sem deixar dúvidas nos procedimentos que eles estavam realizando em nosso hospital. Hoje nós temos colaboradores que falam a língua inglesa, criolo (falado no Haiti e África) e espanhol e, quando o paciente estrangeiro chega em nossa unidade, é atendido da triagem à coleta, por um colaborador que fala o idioma dele”.

Para a técnica de laboratório, Thaís Shaianne, esse projeto é importante pois além da acolhida de inclusão humanizada, também garante a segurança dos procedimentos para o paciente.
“Quando o paciente chega, ele geralmente tem dúvidas quanto aos procedimentos a serem realizado, então a gente informa no idioma dele, todo o processo que ele irá realizar, essas informações dão segurança a ele, porque quando o paciente não fala nossa língua ele realmente fica confuso quanto ao processo e quando a gente consegue falar a mesma língua dele, ele se sente mais seguro, se sente mais à vontade em fazer o cadastro e realizar os exames também”.
Renata Cristina, que também é técnica em laboratório, relata que já atendeu pacientes estrangeiro e que falar outro idioma, faz com que a acolhida seja satisfatória para ambos. ” Eu me sinto privilegiada em atender os pacientes estrangeiros, por que esse público que busca atendimento, quando eles chegam na nossa unidade encontram um ambiente humanizado e seguro”.
Para a dona de casa, Maria Tibisay Magalhães, que é venezuelana, foi uma surpresa ser atendida no seu idioma, ela trouxe três netos para fazer exames e segundo ela, se surpreendeu com a estrutura e com o atendimento do hospital.